O Suscitar de uma Inteligência Coletiva: Proposta de uma Interface Sociodigital para os Grupos de Pesquisa do Gestec/Une

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2018-05-07
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Resumo

As tecnologias da informação e comunicação se tornaram grandes aliadas da educação, oportunizando transformações de práticas e métodos em diversos dos seus setores. Tendo a Internet como um instrumento que dispõe de inúmeras interfaces com capacidades integradoras, o conceito de Inteligência Coletiva (LÉVY, 2000) emerge como uma reflexão em um contexto que suscita a união de ideias e interesses compartilhados em prol de uma coletividade (agora também conectada). O Programa de Pós-Graduação Gestão e Tecnologias Aplicadas à Educação (GESTEC), da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), além de proporcionar novos olhares e perspectivas sobre os contextos da educação na contemporaneidade, mostrou-se um campo propício como locus de aplicação da presente pesquisa. Reunindo profissionais de diversas áreas do saber, seus atuantes Grupos de Pesquisa, além das reuniões presenciais, possuem recursos de interação em meio on-line. Apesar de conectados à rede, esses recursos de interação tendem a criar espaços segmentados de socialização, na medida em que cada grupo possui o seu e não se interconecta a outros grupos, estabelecendo assim uma espécie de inteligência compartilhada dentro de grupos e não entre grupos. Diante desse contexto e vivendo em meio à era das conexões, surge a seguinte questão de pesquisa: como os recursos e funcionalidades de uma interface sociodigital podem contribuir com as rotinas de comunicação e socialização de diferentes Grupos de Pesquisa em espaços acadêmicos? Uma interface sociodigital constitui um meio de comunicação interativo que, com o suporte da Internet, oportuniza a difusão de informações e a conexão entre grupos e pessoas. Utilizando como fio condutor o conceito de Inteligência Coletiva e inspirações nas ideias do sistema das Árvores de Conhecimentos (LÉVY & AUTHIER, 2000), este trabalho discute cibercultura (LEMOS, 2004; LÉVY, 1999; SANTAELLA, 2007a, 2007b) e interfaces de interação em rede na Internet (BARABÁSI, 2009; CASTELLS, 2001, 2003; GABARDO, 2001; JOHNSON, 2001; LAFFIN, 2011; MARTINO, 2014; NAMBISAN & SAWHNEY, 2011; RECUERO, 2009, 2015), tendo como objetivo geral propor uma interface sociodigital que suscite uma inteligência compartilhada e que apoie as rotinas de comunicação, informação e socialização de estudantes e pesquisadores participantes dos Grupos de Pesquisa do GESTEC/UNEB. Para tanto, a pesquisa alicerça-se em três momentos, no qual o primeiro está relacionado à revisão sistemática de literatura, o segundo à utilização método da Observação Participante (CALEFFE, MOREIRA, 2006; MANN, 1970; MARCONI, LAKATOS, 2010) com o suporte da aplicação de questionários estruturados e, o terceiro, com os resultados que fundamentam a proposta para elaboração do produto final. Observando o locus de pesquisa como um participante do mesmo e a partir dos dados coletados com a aplicação de questionários, foi verificado que 100% dos Grupos de Pesquisas do GESTEC utilizam recursos como e-mail e Whatsapp para interação e articulação entre seus membros, e que, apesar da existência de momentos pontuais de intercâmbios entre grupos, cujos objetivos principais giram em torno de produções científicas e organização de eventos, não existe um recurso oficial que promova uma contínua conexão de propósitos, objetivos e desafios imersos nas temáticas e problemáticas trabalhadas dentro de cada grupo de pesquisa. Como resultado da pesquisa, é apresentada uma proposta de interface sociodigital que oportuniza a criação de ambientes de socialização, favorecendo, através da apropriação dos seus recursos e funcionalidades, a ampliação da inteligência por meio do intercâmbio entre inteligências de diferentes grupos e competências, oportunizando interações e fortalecendo o programa de pós-graduação através do ato da comunicação como um valor estratégico para a mudança de realidades. Palavras-chave: Comunicação, Cibercultura, Grupos de Pesquisa, Inteligência Coletiva, Redes Sociodigitais.


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Palavras-chave
Cibercultura, Inteligência Coletiva, Comunicação, Redes Sociodigitais
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