Corporeidade e currículo da educação infantil: um estudo numa escola do campo

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2016
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Resumo

Compreender como a corporeidade das crianças, produzida\significada pela cultura escolar, é tratada no currículo da Escola Municipal de Educação Infantil Bom Jesus dos Navegantes, localizada no Distrito Rural de Itamotinga, Município de Juazeiro (BA), campo empírico da pesquisa foi o que nos propomos. No referencial teórico aprofundamos conceitos fundamentais como criança cidadã, corporeidade, Educação Infantil do Campo, currículo contextualizado, currículo indexado e “currículo em movimento”, elaboração conceitual em construção, aqui entendido como um currículo contextualizado com a vida cultural, natural e sócio-ambiental das crianças que vivem no campo. O enfoque metodológico foi fenomenológico e optamos pela pesquisa participante de cunho qualitativo. Teve como dispositivos de pesquisa análise documental, entrevistas semiestruturadas e observações participantes. Além de outros dispositivos ancorados na Sociologia da Infância como rodas de conversas, desenhos livres e orientados e realização de brincadeiras para a interlocução com as crianças sujeitos diretos da pesquisa. Tivemos outros sujeitos que colaboraram no desvelamento do fenômeno: Os professores, gestores pedagógicos da unidade escolar e técnicas pedagógicas da Secretaria Municipal de Educação. Neste estudo, partimos do pressuposto que a criança é cidadã e exerce essa cidadania se comunicando pelo corpo, pois está no mundo em movimento e expressão. Portanto, a corporeidade é nossa presença no mundo, nosso modo de ser-sendo através da maneira como estabelecemos com os outros e com os objetos que nos rodeiam nossa presença de corpo -vivido como disse Merleau Ponty (2014). Desse modo, consideramos que na Educação Infantil, a corporeidade é um elemento presente no processo de ensino e aprendizagem, pois contribui na fluidez das evoluções de caráter social, cognitivo, motor, afetivo e cultural e, isso ocorre mediado pelo currículo. Os resultados evidenciam uma desvalorização da corporeidade bem como, um distanciamento da realidade social, natural e cultural das crianças. As práticas acabam reproduzindo um currículo tradicional, linear e descontextualizado com o Campo. Todavia, constatamos que as experiências comunicadas pela corporeidade das crianças contribuem com a fluidez do “Currículo em movimento”, que foi revelado com as crianças numa inter- relação entre os conhecimentos universais e os conhecimentos locais.


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Palavras-chave
Corporeidade, Currículo, Criança Cidadã, Educação Infantil do Campo
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